O samba é de quem é do samba
Meu samba você não quer sambar
O samba é de quem é do samba
Meu samba não quer sambar
O samba da chuva tilinta no zinco
Soturno, nervoso, doente, faminto
O samba dos dias escorre no ralo
Campeia na vida, sem rumo distinto
O samba dos dedos ali afogado
Tocado de lado, insensato demais
O samba dos pés, sofrido, esquisito
Dançado invertido, de frente pra trás
O samba da rosa quieta no vaso
Planeja a vingança e perfume no ar
O samba do ouvido tá surdo, coitado!
Que já não ouve você me chamar